Asma
Resposta Tardia da Asma
CÉLULAS EPITELIAIS
O dano epitelial é uma característica patológica observada em todos os fenótipos de asma.1 |
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O epitélio das vias aéreas é uma barreira ao meio ambiente, um regulador do conteúdo líquido da superfície das vias aéreas e uma fonte de citocinas e outros produtos que regulam a sua fisiologia. O epitélio protege as vias aéreas e o pulmão distal de lesões, patógenos e alérgenos. Em síntese, o epitélio das vias aéreas assume uma importante função como ponto de contato crítico entre o organismo e o mundo externo, desempenhando um papel fundamental na regulação da estabilidade interna diante das influências ambientais. (Figura 1)
A origem do epitélio das vias aéreas superiores não é a mesma quando relacionada ao desenvolvimento do epitélio das vias aéreas inferiores e alveolar. A característica do epitélio muda em regiões específicas, sendo um epitélio colunar pseudoestratificado no nariz, traqueia e brônquios, passando para células cuboidais nos bronquíolos e formando um epitélio
alveolar denso de uma única célula,2,3 altamente vascularizado responsável pelas trocas gasosas.
A análise mais aceita da anatomia normal das vias aéreas continua sendo a de Weibel4 que numerou gerações sucessivas de vias aéreas da traqueia (geração 0) até os sacos alveolares (geração 23) (Figura 2). Esta fórmula indica uma traqueia, dois brônquios principais, quatro brônquios lobares, 16 brônquios segmentares e assim por diante. A região de transição entre os bronquíolos terminais e os alvéolos é conhecida como junção do ducto bronquíolo-alveolar.
Nos alvéolos os pneumócitos do Tipo I são células epiteliais de forma plana que facilitam a transferência de oxigênio para a corrente sanguínea,5 enquanto que os pneumócitos do Tipo II são células em forma cuboidal que servem como células progenitoras para os pneumócitos Tipo I e contribuem para o tecido alveolar regenerando-o após lesão. Elas participam da produção de surfactante para reduzir a tensão superficial na interface ar-líquido do pulmão, e desempenham
uma função essencial como facilitadoras de diversas atividades das células do sistema imunológico relacionadas aos mecanismos de defesa antiviral.6,7
O epitélio brônquico é formado por cinco tipos principais de células (célula basal, colunar ciliada, célula em clava, célula caliciforme e suprabasais) e células raras como ionócitos, células neuroendócrinas pulmonares e células em tufo/escova,8 que juntas, formam uma camada pseudoestratificada.9 A camada epitelial repousa sobre um substrato de tecido conjuntivo, consistindo de membrana basal, lâmina própria e submucosa, contendo fibras musculares, glândulas e cartilagem (Figura 1).
As células basais são encontradas no epitélio das vias aéreas desde a traqueia decrescendo em número até os bronquíolos respiratórios.10 Ficam abaixo das células colunares, dando origem à aparência pseudoestratificada e estão ausentes nos bronquíolos. São as células-tronco responsáveis por produzir novas células epiteliais e caliciformes. Elas são células-tronco candidatas nas vias aéreas, responsáveis pela "reposição" celular normal e remodelamento epitelial após lesão pulmonar.11
As células ciliadas, o tipo celular predominante no epitélio das vias aéreas, são caracterizadas pelo citoplasma transparente aos elétrons e são responsáveis pela propulsão da secreção traqueobrônquica em direção à faringe. Estas células também influenciam a composição do líquido periciliar e, posteriormente, a batida dos cílios.
As células caliciformes e as células serosas, ao contrário das células epiteliais ciliadas, têm grânulos com elétrons densos contendo, respectivamente, mucina ácida e neutra, que proporcionam a cobertura mucosa com propriedades viscoelásticas específicas requeridas para batimento ciliar eficaz e depuração mucociliar.
As células em clava possuem a capacidade de se renovar autonomamente e de produzir células ciliadas para regenerar o tecido danificado das vias respiratórias.
A presença de células basais contribui para a aparência pseudoestratificada do epitélio nos grandes brônquios e traqueia e desempenham um papel na ligação das células superficiais à membrana basal das vias respiratórias. Embora as células mucosas e serosas tenham se mostrado capazes de divisão, as células basais são consideradas as células-tronco (progenitoras) das outras células epiteliais.12 Na presença de IL-13, as células ciliadas também sofrem transdiferenciação em células caliciformes.13
Na asma, as glândulas mucosas são encontradas em toda a árvore brônquica, presentes inclusive nos bronquíolos periféricos, onde normalmente estão ausentes. As glândulas mucosas nos brônquios segmentares de pacientes com asma estão consideravelmente aumentadas, com volume duas vezes maior do que em normais. O aumento das células caliciformes pode ser obscurecido pela descamação epitelial. As secreções glandulares excessivas, provavelmente são desencadeadas pela degranulação dos mastócitos e parecem ter importante contribuição para a mortalidade do estado asmático.14
O epitélio brônquico na visão tradicional constituía-se somente em uma barreira física passiva aos agentes nocivos e ao ambiente externo, preservando o isolamento dos tecidos internos de possíveis ameaças externas. Hoje sabe-se que as células epiteliais das vias aéreas desempenham um papel importante nas funções imunológicas inatas dos pulmões e são essenciais na manutenção da homeostase das vias aéreas porém, ao mesmo tempo, podem iniciar e perpetuar a inflamação que pode resultar em sério dano às vias aéreas. Assim, a capacidade do epitélio de atuar como uma barreira física depende da integridade das células que o compõem e de suas conexões, especialmente as junções estreitas e aderentes.15 Somente nas últimas décadas a influência do epitélio brônquico na inflamação começou a ser conhecida. Mesmo em pacientes com asma leve, extensas áreas de epitélio danificado podem ser evidenciadas. O epitélio desenvolve um papel metabólico ativo, tendo participação importante na modulação da inflamação.
O epitélio exerce influência na resposta inflamatória como células alvo e como células efetoras. As células epiteliais são alvo de estímulos tanto endógenos como exógenos que influenciam respostas que variam de mudanças na dinâmica ciliar, regulação do transporte de íons e fluidos, produção, secreção e mobilização de muco, na produção de mediadores, incluindo substâncias antibacterianas (lactoferrina e lisozima), antiproteases, sistemas antioxidantes (superóxido dismutase, catalase, ciclo redox da glutationa) e inclusive a apresentação de antígenos e substâncias estranhas às células imunológicas das vias aéreas. O epitélio das vias aéreas é dinâmico e continuamente reabastecido por células progenitoras basais.16,17
As células epiteliais das vias aéreas expressam receptores de reconhecimento de padrões (PRRs), genes indutíveis por ácido retinóico (RIG) – receptores semelhantes ao gene I induzível pelo ácido retinoico (RLRs), que coordenam a expressão de interferons tipo I e outros genes essenciais, os quais colaboram para estabelecer uma eficaz resposta antiviral; assim como receptor ativado por protease (PAR)-2, que reconhece agentes bacterianos e alérgenos respectivamente. Outros receptores de padrõrs que 'equipam' as células epiteliais são os receptores toll-like (TLRs) que detectam e iniciam rapidamente uma resposta imunológica a ameaças microbianas e os receptores de citocinas, incluindo o TNFR1, que lhes permitem responder a sinais produzidos por células imunológicas, como os macrófagos das vias aéreas.18 Outras classes de receptores são os de reconhecimento de padrões citoplasmáticos – receptores semelhantes a domínio de oligomerização de ligação a nucleotídeos (NOD) (NLRs), receptores de lectina tipo C (CLRs) e receptores purinérgicos também identificados.19,20,21
A ativação desses receptores provoca a liberação de uma série de moléculas efetoras de defesa, que compreendem fatores antimicrobianos (lisozima, defensinas, colectinas e pentraxinas), citocinas antivirais (interferons), eicosanoides, peptidases, óxido nítrico e citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-6), TNF-a) bem como o fator estimulante de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF).22,23
O epitélio brônquico forma uma camada contínua, compacta, e deste modo protege o tecido subjacente contra agentes nocivos, mantendo a arquitetura tecidual. A integridade é mantida por vários mecanismos de adesão.24 Uma das principais características do remodelamento epitelial na asma é a perda de proteínas de contato célula-célula, que mecanicamente conectam células epiteliais adjacentes, promovendo assim a manutenção de uma barreira intacta. A impermeabilidade da barreira epitelial é assegurada pela junção de duas células ciliadas adjacentes em sua região apical através de junções estreitas [tight junctions] (TJ) (Figura 3).19 Os (hemi) desmossomos (macula adherens) e as junções aderentes [adherens junctions] (JAs), que estão localizadas basolateralmente, participam na manutenção da forte adesão célula-a-célula. As células epiteliais são todas fixadas à membrana basal por hemidesmossomos. As junções estreitas (TJs) controlam o transporte paracelular das partículas inaladas e o fluxo de moléculas que ocupa o espaço intercelular no epitélio. São estruturas complexas compostas por proteínas transmembranares e receptores como as ocludinas, claudinas, zonula occludens protein 1-3 (ZO-1-3), a E-caderina e as moléculas de adesão juncional (MAJ)
são as principais reguladoras da permeabilidade epitelial.25 A adesividade intercelular deve-se a uma estrutura conhecida por junção aderente, composta pelas MAJ e pela E-caderina, cuja extremidade (externa) se liga às E–caderinas das células vizinhas e a outra (interna) se fixa ao citoesqueleto através de moléculas proteicas chamadas cateninas.19,20 Expressão interrompida de E-caderina, ß-catenina, ZO-1 e occludina foi observada no epitélio das vias aéreas de pacientes asmáticos,15,20,26 prejudicando a função de barreira do epitélio.27,28 Em particular, o fenômeno das E-caderinas pode ser atribuído à transição epitélio-mesenquimal (TEM), na qual as células epiteliais perdem sua polaridade, capacidade adesiva e ancoragem à membrana basal, adquirindo, em contrapartida, características mesenquimais, como maior habilidade migratória.29-31 Um dos fatores mais proeminentes para induzir à TEM é o fator de crescimento transformador ßeta (TGF-ß).32
O Der p1 é um alérgeno proteolítico sensibilizante do ácaro da poeira doméstica que pode clivar e romper a ocludina, um dos componentes das junções estreitas (TJs), diretamente através da ativação da protease e indiretamente através do receptor ativado de protease (PAR2).33-35 Essa ruptura das TJs na camada epitelial não apenas desregula a diferenciação das células epiteliais, mas também favorece a penetração de outros alérgenos e patógenos, que desencadeiam ou exacerbam a asma.36-38 Este processo se caracteriza pela expressão diminuída de proteínas estruturais que compõem as TJs como ocludinas, ZOs, e claudinas nas células epiteliais.38,39
É bem sabido que a presença do vírus sincicial respiratório ou rinovírus nas vias aéreas e a subsequente infecção das células epiteliais das vias aéreas por esses vírus, causam a desintegração das junções adjacentes epiteliais e induzem à maior permeabilidade do epitélio das vias aéreas.
Tanto em biópsias de pacientes com asma leve como naqueles com asma severa, constatam-se alterações do epitélio brônquico, caracterizadas pelo desnudamento epitelial com a perda de sua integridade. O dano epitelial é decorrente da ação da proteína básica maior (MBP) e de outros mediadores inflamatórios liberados por eosinófilos ativados; por infecções virais; pela exposição ao ozônio, a sensibilizantes químicos e a alérgenos; pela ação de radicais livres; pela atuação de proteases liberadas por células inflamatórias; todos com ações altamente tóxicas sobre o epitélio respiratório.
Os ácaros do pó doméstico, baratas, fungos e extratos de mofo, todos são potencialmente capazes de romper as junções epiteliais via ativação do receptor PAR-2.40
A função prejudicada de barreira epitelial é acompanhada por respostas ao interferon comprometidas na asma, resultando em aumento da replicação viral após infecção por rinovírus em comparação com culturas epiteliais não derivadas de asma.41 Vários estudos in vitro mostraram que os alérgenos podem romper a barreira epitelial das vias aéreas.42 Além das infecções virais,43-46 o tabagismo,47 a colonização bacteriana e fatores ambientais relacionados à poluição,48-50 podem conduzir à disfunção da barreira epitelial com o rompimento das TJs.
Vários estudos confirmaram uma associação entre a lesão epitelial da asma e o grau de hiper-responsividade brônquica.51-54 Esta associação pode ser explicada por vários mecanismos.
■ O dano epitelial resultaria em perda da função de barreira, permitindo que agentes nocivos ou alérgenos penetrem diretamente na parede brônquica e alcancem a submucosa. Na submucosa, estas substâncias podem ativar as células inflamatórias capazes de liberar mediadores inflamatórios e que modulam o tônus do músculo liso peribrônquico.
■ O dano epitelial pode expor terminações nervosas aferentes desmielinizadas. Em consequência, estes nervos podem ser facilmente estimulados por mediadores inflamatórios ou partículas inaladas, conduzindo a um reflexo axonal e subsequente liberação de neuropeptídios que determinam uma inflamação neurogênica.55
■ O epitélio secreta substâncias que podem contribuir para suprimir a broncoconstrição (fatores relaxantes), tais como as prostaglandinas (PGE2), a prostaciclina, o óxido nítrico e o
fator relaxante derivado do epitélio (EpDRF).56 A perda destes fatores pode contribuir para a hiper-responsividade brônquica.
■ As células epiteliais brônquicas contêm a enzima endopeptidase neutra (NEP), que participa do metabolismo de uma variedade de peptídios, com efeitos contráteis sobre a musculatura lisa. O dano epitelial com a perda da atividade da NEP pode diminuir a degradação química destes peptídios e desta forma aumentar a broncoconstrição.57,58
■ O dano epitelial é capaz de desencadear a produção e liberação de mediadores, como a PGE2a o HODE (13-hydroxy-linoleic acid) e a endotelina-1 (ET-1), que podem também afetar a hiper-responsividade.59
O epitélio medeia processos inflamatórios complexos em resposta à exposição a alérgenos ou gatilhos não alérgicos, incluindo a liberação de um trio de citocinas epiteliais, conhecidas como "alarminas".60 As alarminas IL-25, IL-33 e linfopoetina estromal tímica (TSLP) estimulam respostas inflamatórias por meio de inúmeras vias, incluindo endotipo Tipo 2 (IL-4, IL-13 e IL-5) e outros, como vias conduzidas por TH1 – ou TH17 – (IL-17), resultando em vários desdobramentos fisiopatológicos que podem levar a sintomas de asma e exacerbações.60,61 A lesão epitelial desencadeia a liberação de diferentes citocinas, quimiocinas e peptídios antimicrobianos, os quais recrutam e ativam tanto células imunes inatas quanto adaptativas, desempenhando um papel essencial na mediação das respostas imunes e antivirais necessárias, seguidas pelo processo de reparo do epitélio. (Figura 4)
Figura 4 – As citocinas epiteliais, conhecidas como "alarminas" TSLP, IL-25, IL33, são secretadas em reação a diversos estímulos, incluindo alérgenos e vírus respiratórios. Elas desempenham um papel central como as principais impulsionadoras iniciais da inflamação Tipo 2 nas vias aéreas, influenciando tanto células imunes inatas quanto adaptativas. Figura retirada de Calvén J et al. Int J Mol Sci 2020 Nov 24;21(23):8907.
A IL-25 é expressa no epitélio das vias aéreas como uma citocina pré-formada e armazenada no citoplasma, permitindo assim uma rápida liberação após estimulação celular por gatilhos ambientais, inclusive alérgenos.62
A IL-25 provoca um tipo de inflamação TH2-skewed marcada por superexpressão das citocinas IL-4, IL-5 e IL-13, observando-se que em pacientes com asma isso leva a um aumento nos níveis séricos de IgE, eosinofilia sanguínea e alterações patológicas nos pulmões caracterizadas por aumento de produção de muco e hiperplasia de células epiteliais.52,63 A liberação de IL-25 pelas células epiteliais das vias aéreas contribui para muitas outras características patogênicas da asma, incluindo o recrutamento de eosinófilos e remodelação das vias aéreas. A ativação de eosinófilos por IL-25 aumenta a expressão gênica e a liberação de várias quimiocinas, incluindo proteína quimioatraente de monócito-1 (MCP-1), proteína inflamatória do macrófago-1a (MIP-1a) e citocinas IL-8 e IL-6.64 Além disso, IL-25 demonstrou aumentar significativamente a expressão de superfície da molécula de adesão intercelular-1 (ICAM-1) enquanto suprime ICAM-3 e L-selectina em eosinófilos, facilitando assim transmigração endotelial.65 A IL-25 se liga a um receptor heterodimérico, o IL-17RA/IL-17RB (IL-25R), o qual está presente em diversos tipos celulares, incluindo ILC2s, células TH2 de memória ativada, células dendríticas (DCs) ativadas por TSLP, mastócitos, eosinófilos e células endoteliais.66-70 A IL-25 contribui para a angiogênese na asma, aumentando a expressão do receptor do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) / VEGF nas células endoteliais.71
A IL-33 é uma molécula que após dano do epitélio pode orquestrar o recrutamento e ativação de células responsáveis pela inflamação. A expressão de IL-33 é regulada positivamente na mucosa brônquica de pacientes asmáticos, relacionada à gravidade da doença.72,73 Nos brônquios, a liberação de IL-33 foi proposta como responsável pelo desencadeamento e exacerbação da hiper-responsividade das vias aéreas e asma.74,75
A IL-33 é altamente expressa no epitélio brônquico de pacientes com asma63 com expressão aumentada após exposição a alérgenos ambientais,63,76,77 sendo uma das primeiras citocinas liberadas em resposta a alérgenos e sua concentração elevada se correlaciona com a gravidade da doença.78 A IL-33 induz diretamente à produção de citocinas, incluindo IL-4, IL-5, IL-13 e IL-9 em células T CD4+.79
A IL-33 se liga a um receptor heterodimérico composto pelo receptor 1 de IL-1 (IL1RL1, também chamado de ST2) e pela proteína acessória do receptor de IL-1, resultando na ativação das vias de sinalização NF-kB e MAPK.66,80,81 A função mais estabelecida da IL-33 é a ativação de células imunes que expressam ST2 envolvidas na imunidade T2, como ILC2s, células TH2, mastócitos, eosinófilos, DCs e basófilos.82-87
A IL-33 favorece a degranulação dos mastócitos e a produção de quimiocinas, aumentando a magnitude da resposta individual dos mastócitos.88 IL-33 modifica o fenótipo e a infiltração de mastócitos.
Inicialmente, foi observado que a TSLP estimula respostas alérgicas ao agir sobre as DCs, aumentando a expressão do ligante OX40 (OX40L), CD80 e CD86. Esse processo, por sua vez, facilita a diferenciação de células T CD4+naive em células TH2 pró-inflamatórias, que secretam IL-4, IL-5, IL-13 e TNF, contribuindo assim para a cascata inflamatória característica dessas respostas alérgicas.89,90
Os níveis de TSLP no lavado broncoalveolar e nas biópsias brônquicas estão elevados em pacientes com asma em comparação com indivíduos saudáveis e se correlacionam com a gravidade da doença, apresentando uma correlação negativa com a função pulmonar definida pelo volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1).91-94 A TSLP inicia múltiplas respostas imunológicas inatas e adaptativas downstream envolvidas na inflamação da asma.89,90, 95-97
Em resposta a estímulos patogênicos ou lesão mecânica, a TSLP exacerba a inflamação alérgica ativando muitas células efetoras que participam da cascata imune, incluindo células linfoides inatas ILC2s DCs mieloides.63,98-101 A TLSP produzida pelas células basais estimula as DCs, promovendo a maturação do fenótipo de células TH2 e a liberação de IL-4, IL-5 e IL-13.102
Os receptores TSLP foram descritos em mastócitos103 bem como em basófilos.104 Os mastócitos também demonstraram regular a expressão de TSLP,105 sugerindo que a TSLP derivada do epitélio pode afetar diretamente a função dos mastócitos e os mastócitos, por sua vez, podem regular a expressão de TSLP epitelial. Os mastócitos que são estimulados pela TSLP agem sinergicamente com IL-1β e TNF-a para liberar IL-5, IL-13, IL-6, IL-8, IL-10, GM-CSF e quimiocinas CXCL8 e CCL1, enquanto suprime a liberação de TGF-β.103
Existe uma hipótese de que o epitélio é capaz de regular o calibre das vias aéreas pela secreção de substâncias que alteram a responsividade e o relaxamento da musculatura lisa.106 A principal prostaglandina com características relaxantes sintetizada pelo epitélio é a PGE2. Embora pequenas quantidades de PGF2a sejam também produzidas pelo epitélio, podendo causar contração e hiper-responsividade muscular, a sua liberação é insignificante quando comparada às grandes quantidades de PGE2. Outra substância relaxante não prostanoide secretada pelo epitélio é o fator relaxante derivado do epitélio (EpDRF). Danos ao epitélio com remoção do mesmo por descamação podem estar associados à redução na produção do EpDRF e consequente broncoconstrição. Lesões epiteliais decorrentes de agentes infecciosos,107 principalmente os vírus, ou de poluentes atmosféricos alteraram a responsividade das vias aéreas em normais, sendo mais intensa em asmáticos, constituindo-se os vírus em um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento e exacerbação da asma.
Como células efetoras as células epiteliais respondem a estes estímulos produzindo mediadores inflamatórios como as prostaglandinas (PGE2 e PGF2a), o ácido 15-(s) hidroxieicosatetraênico (15-HETE), o fator ativador de plaquetas (PAF), o óxido nítrico (NO), peptídios, citocinas (IL-6, IL-8, IL-11, GM-CSF, G-CSF) e quimiocinas. Além das quimiocinas tradicionais da família CC (MCP-1, MIP-1a, MIP-1ß, MIP-3a, RANTES, eotaxina-1, MCP-4, TARC, MDC, GRO-a, ENA-78, IL-8, IP-10) e das quimiocinas da família CXC (GRO-a, ENA-78, IL-8, IP-10), as células epiteliais das vias aéreas também expressam outras quimiocinas.108-115 Ao expressar e secretar quimiocinas, as células epiteliais das vias aéreas desempenham um papel importante na patogênese da inflamação das vias aéreas na asma, em resposta a estímulos alérgicos, microbianos e virais.116,117
Em asmáticos ocorre um aumento da síntese de IL-8111,118,119 pelas células epiteliais, desempenhando função de quimioatração para neutrófilos e linfócitos T,120,121 com potencial ação quimiotáxica para eosinófilos previamente expostos ao GM-CSF e IL-3.122 A IL-6 está ligada à ativação e proliferação de células T. O GM-CSF é uma das citocinas mais estudadas na asma, por contribuir para inflamação pelo aumento da sobrevida e ativação de eosinófilos, ativação de neutrófilos e de macrófagos, que passam a desenvolver atividade citotóxica aumentada, com a geração de mediadores e fagocitose.123,124 Os mecanismos pelos quais ocorre aumento na expressão GM-CSF pelo epitélio brônquico em asmáticos são desconhecidos, porém a estimulação pela IL-1 pode ter participação, pois os níveis da IL-1 estão elevados nas vias aéreas destes pacientes.125 Quando do uso de nedocromil sódico, um anti-inflamatório utilizado por inalação no tratamento da asma, ocorre redução do GM-CSF induzido pela IL-1 em mais de 40%, porém sem efeitos na produção da IL-1.126 A produção de RANTES pelas células epiteliais estimuladas em asmáticos contribui para o recrutamento de eosinófilos, pois o RANTES é quimiotáxico para eosinófilos, linfócitos T de memória e monócitos.127,128
No epitélio brônquico as ILC2s
são ativadas em resposta às citocinas epiteliais IL-25 e IL-33 e TSLP.
Em resposta às citocinas epiteliais as ILC2s são ativadas, expressam então fatores de transcrição ROR-a e GATA3 e receptores para citocinas epiteliais.129 As ILC2s apresentam muitas ações análogas às células TH2, entretanto são as únicas a secretar a IL-9 capaz de promover metaplasia de células caliciformes e estimular não só o crescimento como a sobrevivência dos mastócitos.130 Produzem grandes quantidades de PGD2 que causa a ativação das ILC2s de forma autócrina por agir no receptor CRTH2. A anfirregulina derivada de ILC2 desempenha um papel importante na regeneração epitelial e reparo do dano tecidual.129,131,132 As células ILC2 também induzem a produção de IgE e são reconhecidas como promotoras de respostas TH2 através da ativação de DCs em nível local.133,134
Quando de dano epitelial, ocorre liberação de um grande número de citocinas e quimiocinas dentre elas a liberação de citocinas fibrogênicas, incluindo IL-1β, interferon (IFN)-γ, fator de necrose tumoral (TNF), IL-4 e IL-13. Essas citocinas têm o potencial de diminuir a expressão das proteínas juncionais, criando um ciclo de lesão epitelial, remodelação das vias aéreas e inflamação.135
A periostina, uma proteína matricelular, é produzida a partir de células epiteliais das vias aéreas e fibroblastos pulmonares pela IL-13 e IL-4, envolvida na inflamação alérgica do paciente com asma e na fibrose. Atua promovendo remodelamento das vias aéreas, aumentando a secreção de muco e colabora ativamente no recrutamento de eosinófilos. Seus níveis séricos servem como biomarcador de inflamação.136
O muco reveste as vias aéreas condutoras até os bronquíolos terminais, compondo o que se convencionou chamar de manta mucociliar, que impulsiona o muco para cima até a traqueia, contra a gravidade, pelo epitélio ciliado. O muco no pulmão normal é composto essencialmente por 97% de água e um composto de mucinas, outras proteínas, sais, lipídios e resíduos celulares. Essa camada de muco serve a distintas funções como proteção, hidratação (manter as vias aéreas úmidas), transporte mucociliar, limpeza (captura de partículas), defesa imunológica e regulação ambiente.
As propriedades reológicas, no contexto do muco, têm sérias implicações na asma, principalmente na viscosidade, elasticidade e aderência.
A viscosidade é uma propriedade dos líquidos que descreve a resistência ao fluxo, geralmente determinada pela quantidade de moléculas presentes em uma substância. A elasticidade, por sua vez, refere-se à resistência à força de cisalhamento, resultante da reticulação das moléculas dentro de uma substância.137 As mucinas que compõem o muco desempenham papéis importantes na determinação de ambos os parâmetros. As duas mucinas primárias encontradas no pulmão humano são MUC5B e MUC5AC. Elas têm padrões de expressão distintos, com MUC5B sendo secretada em altos níveis em glândulas submucosas e células secretoras nas vias aéreas distais, enquanto MUC5AC é secretada por células caliciformes.138 Atuam na primeira zona de defesa na superfície epitelial das vias aéreas na formação e manutenção da camada de muco que reveste a superfície.139
Sabe-se que na asma as células caliciformes sofrem hiperplasia e metaplasia com maior predomínio nas vias aéreas distais, sendo acompanhadas por alterações na secreção em excesso das mucinas, que podem ser muito difícil de se remover. MUC5AC e MUC5B são os principais componentes do muco das vias aéreas. Na asma a expressão da mucina se apresenta alterada, pois a produção da MUC5AC, cuja expressão é restrita geralmente às células caliciformes no trato respiratório alto e baixo,140,141 é regulada positivamente, enquanto a produção da MUC5B está reduzida. Isto resulta em um gel de muco heterogêneo das vias aéreas compreendendo 'domínios' MUC5AC e MUC5B distintos. É um muco intrinsecamente anormal em seu perfil biofísico, apresentando-se com viscosidade alterada. Se acumula, formam-se tampões mucosos que obstruem as vias aéreas.142 Isto configura a terceira alteração reológica, aderência aumentada, dificultando ainda mais a sua remoção. Os tampões mucosos na asma levam a maus desfechos. Nas exacerbações os tampões de muco obstruem as vias aéreas, contribuindo para o aprisionamento de ar e atelectasias, dificultando o tratamento. Na asma fatal esses tampões bloqueiam as vias respiratórias e assim as trocas gasosas, causando asfixia e morte. Altos níveis de coloração de MUC5AC são vistos nos tampões de muco de casos fatais de asma.143 O clearance mucociliar está prejudicado na asma.144 A frequência do batimento ciliar está reduzida na asma moderada e grave em comparação com controles145 e a direção do batimento ciliar é anárquico.146 Observou-se um aumento de até 15% no teor de mucina em situações de obstrução.147
O aumento da proteína MUC5AC e MUC5B foi relatado no escarro de indivíduos com asma.148 Em uma coorte de asma, uma proporção mais alta de MUC5AC para MUC5B correlacionou-se com inflamação Tipo 2.149 O MUC5AC é também um gene de susceptibilidade para a asma moderada a grave, mas não foi associado à asma leve.150
O epitélio brônquico pode expressar moléculas de adesão que se ligam a células inflamatórias como eosinófilos e neutrófilos. As consequências são de natureza estrutural e funcional: estrutural, pois tal expressão permite a ligação de células inflamatórias e funcional porque a expressão pode modificar a natureza do processo inflamatório.
As células do epitélio brônquico podem expressar a molécula MHC-classe II e, por conseguinte, como outras células epiteliais tais como os queratinócitos ou células M, serem capazes de desempenhar a função de células apresentadoras de antígenos. Esta capacidade, entretanto, é muito limitada, não tendo a mesma dimensão das DCs.
Ainda não é evidente se as células epiteliais podem ou não ser ativadas diretamente por alérgenos inalados. Vários alérgenos são proteases que podem ativar os receptores PAR-2, os quais apresentam expressão aumentada nas células epiteliais das vias aéreas de pacientes com asma.151 O grupo de Montpellier – França, descreveu através de uma comunicação,1152 que as células epiteliais de pacientes com asma, porém não as de indivíduos sãos, apresentam receptores FceRI e FceRII capazes de serem diretamente ativados por anticorpos anti-IgE, sendo possível que estas células possam ser ativadas diretamente por alérgenos.
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