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Asma

AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

A. Controle de Sintomas de Asma

GINA — Avaliação do Controle da Asma – Sintomas

Nas Últimas 4 Semanas o Paciente se Queixa de:
Bem Controlada
Parcialmente Controlada
Não Controlada
Sintomas diários de asma, mais de 2 X por semana?
S
N
nenhum
desses
1 – 2
desses
3– 4
desses
Apresentou despertar noturno devido à asma?
S
N
Utilizou droga de resgate para alívio de sintomas mais de 2 X por semana?
S
N
Qualquer limitação da atividade devido à asma?
S
N

B. Fatores de Risco Para Resultados Desfavoráveis na Asma

Avalie os fatores de risco no momento do diagnóstico e periodicamente, particularmente para os pacientes que experimentam exacerbações.

Avalie o VEF1 no início do tratamento, após 3–6 meses de controle terapêutico, objetivando registrar o melhor valor do paciente e, regularmente, para avaliação de risco contínuo.

Ter Um ou Mais Desses Fatores de Risco Aumenta o Risco de Exacerbações — Mesmo Que os Sintomas Estejam Bem Controlados

 

Fatores de Risco Independentes Potencialmente Modificáveis Para "Exacerbações"

  • Sintomas de asma descontrolados;1
  • Uso abusivo de SABA2 (com aumento da mortalidade se > 1 x 200 doses do spray oral/mês);3

    Por segurança, a GINA não recomenda mais o tratamento da asma em adultos e adolescentes apenas com SABA. Todos os adultos e adolescentes com asma devem receber tratamento de controle contendo CI para reduzir o risco de exacerbações graves e controlar os sintomas. O controlador contendo CI pode ser administrado como tratamento diário regular ou, na asma leve, com CI-formoterol administrado sempre que necessário para alívio dos sintomas.4

  • CI inadequado; não prescrição de CI; pouca aderência; técnica de inalação incorreta;5
  • Baixo VEF1, especialmente se < 60% do teórico;6,7
  • Problemas psicológicos e socioeconômicos;8
  • Exposições: ao fumo; a alérgeno, se sensibilizado;
  • Comorbidades: obesidade;9 rinossinusite;10 alergia alimentar confirmada;11
  • Eosinofilia no sangue e escarro;12,13 elevada FeNO (em adultos com asma alérgica);14
  • Gravidez.15

Outros Grandes Fatores de Risco Independentes Para "Exacerbações"

  • Se já foi intubado ou internado em unidade de terapia intensiva por asma;16
  • ≥ 1 exacerbação severa nos últimos 12 meses.17

 

Fatores de Risco Para o Desenvolvimento de Limitação Fixa de Fluxo Aéreo

  • Falta de tratamento com CI;18
  • Exposições: fumaça do tabaco;19 produtos químicos nocivos; exposição ocupacional;20
  • VEF1 inicial baixo;21 hipersecreção crônica de muco;22,23 eosinofilia no sangue e escarro.21

 

Fatores de Risco Para Efeitos Colaterais da Medicação

    • Sistêmico: CO frequente; longo prazo; alta dose/ou CI potente; também tomando inibidores da P450;22
    • Local: dose alta ou CI potente,22,23 técnica de inalação inadequada.24
VEF1: volume expiratório forçado em 1 segundo; CI: corticoide inalatório; CO: corticoide oral; P450 -inibidores do citocromo P450 como o ritonavir, cetoconazol, itraconazol; SABA: short-acting beta2-agonist.


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Referências

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02.Patel M, Pilcher J, Reddel HK, Pritchard A, Corin A, Helm C, Tofield C, Shaw D, Black P, Weatherall M, Beasley R; SMART Study Group. Metrics of salbutamol use as predictors of future adverse outcomes in asthma. Clin Exp Allergy 2013; 43:1144-51.

03. Suissa S, Ernst P, Boivin JF, Horwitz RI, Habbick B, Cockroft D, Blais L, McNutt M, Buist AS, Spitzer WO. A cohort analysis of excess mortality in asthma and the use of inhaled beta-agonists. Am J Respir Crit Care Med 1994; 149:604-10.

04.Global Initiative for Asthma. Strategy for Asthma Management and Prevention, 2021. Disponível em: www.ginasthma.org. Acesso em: 30/10/2021.

05.Melani AS, Bonavia M, Cilenti V, Cinti C, Lodi M, Martucci P, Serra M, Scichilone N, Sestini P, Aliani M, Neri M; Gruppo Educazionale Associazione Italiana Pneumologi Ospedalieri. Inhaler mishandling remains common in real life and in associated with reduced disease control. Respir Med 2011; 105:930-8.

06.Fuhlbrigge AL, Kitch BT, Paltiel AD, Kuntz KM, Neumann PJ, Dockery DW, Weiss ST. FEV1 is associated with risk of asthma attacks in a pediatric population. J Allergy Clin Immunol 2001; 107:61-7.

07.Osborne ML, Pedula KL, O'Hollaren M, Ettinger KM, Stibolt T, Buist AS, Vollmer WM. Assessing future need for acute care in adulte asthmatics: the Profile os Asthma Risk Study: a prospective health maintenance organization-based study. Chest 2007; 132:1151-61.

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10.Bousquet J, Khaltaev N, Cruz AA, et al. Allergic Rhinits and its Impact on Asthma (ARIA) 2008 update (in collaboration with the World Health Organization, GA(2)LEN and AllerGen). Allergy 2008; 63:Suppl 86:8-160.

11.Burks AW, Tang M, Sicherer S, Muraro A, Eigenmann PA, Ebisawa M, Fiocchi A, Chiang W, Beyer K, Wood R, Hourihane J, Jones SM, Lack G, Sampson HA. ICON: food allergy. J Allergy Clin Immunol 2012; 129:906-20.

12.Belda J, Giner J, Casan P, Sanchis J. Mild exacerbations and eosinophilic inflammation in patients with stable well-controlled asthma after 1 year of follow-up. Chest 2001; 119:1011-7.

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14. Zeiger RS, Schatz M, Zhang F, Crawford WW, Kaplan MS, Roth RM, Chen W. Elevated exaled nitric oxide is a clinical indicator of future uncontrolled asthma in asthmatic patients on inhaled corticosteroids. J Allergy Clin Immunol 2011; 128:412-4.

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16.Turner MO, Noertojo K, Vedal S, Bai T, Crump S, FitzGerald JM. Risk factors for near-fatal asthma. A case-control study in hospitalized patients with asthma. Am J Respir Care Med 1998; 157:1804-9.

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18.O'Byrne PM, Pedersen S, Lamm CJ, Tan WC, Busse WW. Severe exacerbations and decline in lung function in asthma. Am J Respir Crit Care Med 2009; 179:19-24.

19.Lange P, Parner J, Vestbo J, Schnohr P, Jensen G. A 15-year follow-up study of ventilatory function in adults with asthma. N Engl J Med 1998 ;339:1194-200.

20.Baur X, Sigsgaard T, Aasen TB, et al. Guidelines for the management of work-related asthma [Erratum appears in Eur Respir J 2012 Jun:39(6):1553]. Eur Respir J 2012;39: 529-45.

21.Ulrik CS. Outcome of asthma: longitudinal changes in lung function. Eur Respi J 1999; 13:904-18.

22.Raissy HH, Keççy HW, Harkins M, Szefler SJ. Inhaler corticosteroids in lung diseases. Am J Respir Crit Care Med 2013; 187:798-837.

23.Foster JM, Aucott L, van der Werf RH, van der Meijden MJ, Schraa G, Postma DS, van der Molen T. Higher patient perceived side effects relatet to higher doses of inhaled corticosteroids in the community: a cross-sectional analysis. Respir Med 2006; 100:1318-36.

24.Roland NJ, Bhalla RK, Earis J. The local side effects of inhaled corticosteroids: current understanding and review of the literature. Chest 2004;126:213-9.

 

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